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No Dia das Mães, ABTP ressalta a importância da dedicação das mães que atuam no setor portuário

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 As mães que trabalham vivenciam há muitos meses uma outra realidade em razão da pandemia. Tiveram que se reinventar, mudar hábitos, costumes e rotinas para conciliar as demandas da carreira profissional e a atenção à família, atuando em home office parte do tempo ou 100% dele. E não foi só isso: suas famílias também passaram a ficar mais em casa para se protegerem, gerando outras demandas para as mamães, como a necessidade de supervisionar e apoiar as crianças durante aulas online; conciliar reuniões virtuais com atenção às demandas familiares, entre tantas outras.

Em um setor como o portuário, em que as atividades permaneceram ininterruptas por sua essencialidade ao país e aos brasileiros, a ABTP, neste Dia das Mães, rende as devidas homenagens a essas verdadeiras heroínas: profissionais exemplares, comprometidas com os resultados de suas organizações e, ao mesmo tempo, hábeis, atenciosas e carinhosas com a criação dos filhos e demais atividades familiares.

O universo portuário tem muito a ganhar ao poder contar com as experiências de vida e o conhecimento dessas profissionais, que são mães 24 horas, 7 dias por semana, e extremamente produtivas e dedicadas ao desenvolvimento da atividade portuária.

Em homenagem às Mães Portuárias, a ABTP conversou com algumas associadas para que compartilhassem um pouco desse sentimento e dessa experiência de repartir sua atenção entre a dedicação ao trabalho e à família.

A convivência estreitou laços familiares

“Ser mãe na pandemia tem sido um grande desafio, entre os quais, conciliar todas as atividades profissionais, que só cresceram nesse período, com a dinâmica familiar, com todos em casa. Quando estava apenas no escritório, parte das funções domésticas e os cuidados com as crianças podia ser delegada a terceiros. Quando estamos em casa, isso gera expectativa nas crianças de que a mãe está em casa para atendê-las, mas nem sempre é possível, porque boa parte do tempo estamos participando de videoconferência, por exemplo. Então, o desafiador é encontrar este meio termo, conseguir conciliar tudo”, afirma a gerente Jurídica da Ecoporto, Tatiana Véspoli, mãe da Olívia de 3 anos e da Helena de 1 ano.

O sistema de trabalho em home office tem sido vantajoso para uma conquista pessoal – estreitar os laços familiares, destaca: “Quando estamos no escritório não temos oportunidade de ver o crescimento diário. Agora posso ver ela dormir no meio da tarde e acordar com beijo. É muito bom estar mais presente. Essa convivência diária estreitou muito os laços familiares”.

Ela dá dicas para as outras mães que têm o mesmo desafio de conciliar trabalho e os cuidados com a família: “não se cobrem tanto. É preciso entender que, neste momento, fazemos o melhor que podemos fazer”. Ela é a favor da jornada flexível para as mães, de modo que possam estar offline em momentos em que haja maior demanda por atenção familiar. A dica de Tatiana para as gestoras de empresas é que olhem para sua equipe “com empatia, de modo a entender que todas as mulheres e mães estão passando por estas adaptações – em função da pandemia –, então tentar não cobrar tanto”.

Como é bom ter a mamãe em casa 

Amor de mãe é determinante

O amor de mãe é determinante para qualquer mulher conciliar a carreira profissional com a atenção aos filhos e a outros familiares, na opinião da assessora de Comunicação da Portonave, Melissa Aragão de Souza, mãe do Dudu, de 2 anos e 8 meses. “A mãe tem esta capacidade de adaptação porque tem muito amor no coração. Ser mãe é maravilhoso, é um dom divino”.

Ela confirma que a pandemia impôs uma nova realidade à qual todos precisam se adaptar. Melissa conta que ao atuar em sistema híbrido, ou seja, passando parte do tempo no escritório e parte em casa, ela tem conseguido “conciliar e passar um pouco de tempo com o filho, sem deixar de priorizar o trabalho”.

Eu adoro quando estou com a mamãe 

Superar desafios é uma marca registrada para as mães

A pandemia alterou a rotina de trabalho das mães, que em grande parte dos casos passou a ser híbrido, explicou a assessora da Diretoria da Cattalini Terminais Marítimos, Ângela Bahry, mãe do Gabriel de 8 anos, da Izabella, de 13 anos e da Marina de 15 anos. Segundo ela, isso facilita a produtividade no trabalho e a atenção à família. “Mas muitas mães estão direto em home office e imagino ser mais difícil”, por causa da atenção demandada pelos filhos, especialmente os mais novos. Ela confirma o que Tatiana, da Ecoporto disse, sobre o aumento da carga de trabalho na pandemia: “Trabalhamos muito mais, os encontros virtuais ganharam força, inclusive substituíram as viagens, então, estão tomando bastante tempo”, mas, segundo ela, é muito positivo para incrementar o trabalho em equipe.

Mesmo assim, garante, gerenciar o tempo dedicado à carreira e à família não é mistério para quem é mãe. “É um desafio, mas as mães sempre tiveram isso como marca registrada, sempre superando desafios. Ainda mais as que trabalham fora. E na pandemia essa capacidade se mostra mais forte do que nunca. E a parte boa é poder conviver mais com os filhos”, afirma. Para administrar bem o timing das atividades profissionais e familiares, a dica é cada mãe buscar o equilíbrio por meio da melhor organização do tempo dedicado a cada tarefa. “O tempo se tornou mais escasso ainda nesse momento”, lembra.

Ângela é o orgulho da Marina, da Izabella e do Gabriel que acompanham a nova rotina da mamãe

Convívio familiar foi o maior ganho

Mudar de endereço foi uma das medidas mais importantes que a encarregada de Logística da Cotriguaçu Cooperativa Central, Lucinéia Bozi, mãe da Beatriz, de 4 anos, teve que tomar na pandemia. Sem ter apoio de terceiros para cuidar da filha, já que ela e o marido seguem carreiras no setor portuário, a solução foi morar um pouco mais longe do local de trabalho. “Como temos uma casa na área rural de Paranaguá (PR), onde vivem meus pais, decidimos voltar a morar nessa casa para minha filha poder ficar com a minha mãe durante o dia. Minha filha tem 4 anos e já estava na escolinha. Com a pandemia, as aulas passaram a ser online. Daí, também veio a difícil tarefa de acrescentar essa atividade escolar às minhas outras rotinas, que já não eram poucas”.

Mas uma boa mãe enxerga as situações sempre pelo lado bom. “Antes, quando vivíamos na cidade, minha filha vivia praticamente trancada em casa. Agora ela tem uma vida bem mais saudável e vive solta no sítio, sem contar a alegria da minha mãe, que já tem 77 anos, que agora pode também aproveitar a companhia da neta em tempo integral”, celebra.

Beatriz, filha de Lucinéia, está curiosa para saber o que a mamãe tanto fala em suas videoconferências 

A família é o melhor de tudo isso

Ser mãe na pandemia é um grande desafio, mas também uma grande oportunidade, um privilégio, afirma a coordenadora Jurídica da Santos Brasil, Thaís Alberghini, mãe da Maria Luísa, de 3 anos. Com a adoção da jornada em home office, ela comemora “o privilégio de ver sua filha crescendo sob seus olhos, de acompanhar cada segundo, que, antes, só seria possível por meio de videochamadas”.

Assim como a Lucinéia, da Cotriguaçu, a Thaís é otimista, mesmo na pandemia. A doença é um fator muito negativo na vida de todos, mas, afirma, é preciso “entender que nesse tumulto todos temos que extrair um lado bom e, sem dúvida, a família é o melhor disso”.

MÃE SUPERA TUDO POR SEUS FILHOS

Uma semana antes de a pandemia ser decretada, a especialista Comercial da Sepetiba Tecon, Priscila de Lemos Nunes Guerreiro, viu Ana Laura, chegar ao mundo. Seus planos de criar a menina com liberdade, visitar lugares e conhecer pessoas, de uma hora para outra, se limitaram “a quatro paredes e com três pessoas em casa”. Se adaptar a essa nova realidade foi difícil. A filha estranhava muito quando os pais saíam do ambiente e chorava muito em protesto, o que entristecia muito a mãe recente. “Vivi um momento apavorante dessa doença tão desconhecida”, lembra.

Com o tempo, ela evoluiu como mãe e esse aprendizado contribuiu decisivamente para a Ana Laura, hoje com 1 ano e 2 meses, se mostrar uma criança alegre. “Hoje adora correr na pracinha. A festa de aniversário de 1 ano não foi a tão sonhada, mas aquele dia, no meu coração, havia um só sentimento: gratidão”, diz.

“Entre tantas dificuldades durante a pandemia, todo dia de manhã vejo o sorriso e o olhar de amor imenso, que não consigo medir nem explicar. Isso é que é ser mãe na pandemia: é ser mãe como em todos os outros momentos, que ama incondicionalmente e supera tudo por seus filhos”, completa Priscila.

Ana Laura muito atenta e ajudando a mamãe Priscila em seu trabalho 

A rede de apoio é essencial para uma mãe no mercado de trabalho

Quando toda a equipe administrativa da sua empresa passou do trabalho presencial ao home office, no início da pandemia, a analista de Comunicação e Marketing do BTP (Brasil Terminal Portuário), Jéssica Nunes, mãe da Clarice, de 5 anos se preocupou se conseguiria dar conta das responsabilidades paralelas: trabalho, filha e cuidados com a casa. Ainda mais por se tratar de um cenário novo, cheio de incertezas e medos. “Mas essa experiência me ensinou que é preciso muita criatividade para lidar com as situações no dia a dia e jogo de cintura”, enfatizou.

Para Jéssica, a pandemia também mostrou o quanto é essencial para uma mãe no mercado de trabalho ter uma rede de apoio. E neste ponto, a analista destaca o apoio incessante que recebe de sua empresa e de sua família. “Eu conto com o suporte dos meus pais, avós da Clarice, e intercalamos nos momentos de cuidado em que eu preciso me deslocar ou estar mais concentrada no trabalho”.

A dica às mães que estão em home office é que “não se sintam culpadas, peçam ajuda, dividam quando necessário as responsabilidades com o parceiro, familiares, amigos, etc.”. “Tenho certeza de que cada uma de nós está dando seu melhor. E, no fim das contas, sairemos de tudo isso ainda mais conscientes sobre o valor das pessoas, dos momentos e do tamanho do amor que sentimos pelos nossos filhos!”, completou.



Clarice, a nova ajudante da mamãe Jéssica, acompanha tudo e ainda dá dicas de trabalho


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