O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Silva, realizou visita técnica nesta semana ao Porto do Itaqui, que fica localizado no município de São Luís, capital do Maranhão, dentro da Baía de São Marcos, na região Nordeste do Brasil.
Além do porto, Silva também visitou as associadas da ABTP: Companhia Operadora Portuária e Itaqui (COPI) e Granel Química, que possuem instalações na poligonal no do porto, e a Alumar, que possui o próprio Terminal de Uso Privado e está localizada a 10 quilômetros ao Sul do Porto do Itaqui.
Para o diretor-presidente da ABTP, Jesualdo Silva, a administração competente e eficiente propicia um ambiente favorável ao desenvolvimento dos negócios. “Prova disso, são os resultados da movimentação de cargas no primeiro semestre deste ano, que registraram um aumento de 32% na comparação com o mesmo período de 2020”, destacou Silva.
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Posição privilegiada
A localização do porto é considerada privilegiada, pois é o porto brasileiro mais próximo da América do Norte, Europa e Ásia, o que reduz o tempo de viagem da carga em relação aos demais portos do país.
Além disso, sua localização permite que receba grande parte da produção da chamada região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e do Centro-Oeste.
Movimentação portuária registra aumento de 32%
No primeiro semestre de 2021, o Porto do Itaqui registrou um aumento de 32% na movimentação em relação ao mesmo período do ano passado, com 15 milhões de toneladas de cargas movimentadas. A maior alta registrada foi nas cargas de granéis líquidos, ficando 90% acima do que foi movimentado nos seis primeiros meses de 2020.
Houve também aumento na movimentação da soja, de 19%, e de carga geral, 7%. O volume movimentado de janeiro a junho deste ano representou 80% do total planejado para o ano em granéis líquidos, 53% em granéis sólidos e 52% em carga geral.
Vocação para movimentação de granéis sólidos e líquidos
O Porto do Itaqui possui vocação para a movimentação de granéis sólidos e líquidos. Historicamente, as duas cadeias que concentram maior parte do volume de cargas movimentadas são a soja e o milho, e os produtos petrolíferos, com destaque para a importação de diesel e gasolina. O porto de Itaqui hoje é o líder entre os portos do Arco Norte na movimentação de soja e o segundo maior da região em embarques de milho.
Terminais portuários
Entre os terminais que movimentam granéis sólidos está o Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), administrado pelo consórcio do mesmo nome, formado pelas empresas Terminal Corredor Norte, Glencore Serviços, Corredor Logística e Infraestrutura e ALZ Terminais Portuários; o Terminal Portuário de São Luís (TP São Luis), operado pela VLI e o Terminal operado pela Amaggi& LD Commodities Terminais Portuários.
No segmento de granéis líquidos, o Porto do Itaqui possui os terminais de tancagem, Tequimar, operado pela Ultracargo, o terminal operado pela Raízen, além do terminal operado pela Granel Química.
Já as empresas que operam terminais de combustíveis são a Ipiranga, Petrobras e Petróleo Sabbá. A movimentação de fertilizantes, além de granéis de importação é realizada pela Companhia Operadora Portuária e Itaqui (COPI).
Infraestrutura intermodal
Em termos de infraestrutura, o porto também se destaca pelas importantes conexões ferroviárias e rodoviárias que possui. Duas ferrovias fazem ligação direta com o porto, a Transnordestina e a Ferrovia Norte-Sul. Já as principais rodovias que dão acesso à Itaqui são a BR -135 e a BR- 222.
A Autoridade Portuária planeja também aumentar a capacidade da movimentação ferroviária de granéis e contêineres na poligonal do porto. O desenho da pera ferroviária está em fase final de estudo, com um investimento previsto de R$ 280 milhões.
A profundidade dos berços operacionais varia de 12 a 19 metros, o que permite a atracação de navios de grande porte.
Gestão Portuária
O porto de Itaqui é administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) e o responsável pela gestão é diretor-presidente é Eduardo de Carvalho Lago Filho, Ted Lago, que está no comando desde 2015.